Bruno Souza Leal
Carlos Alberto Carvalho
Geane Alzamora
“A crítica ao mediacentrismo aparece como um pressuposto compartilhado no conjunto das contribuições que formam este livro: um modelo insulardos meios não é válido, entre outros motivos porque os textos e as práticas midiáticas estão sempre inscritas em ecossistemas culturais mais amplos. Como propôs a recém falecida Mabel Piccini, os meios, “máquinas despóticas”, operam dentro de “redes culturais múltiplas “, em cuja heterogênea trama constituem “espaços de condensação e interseção”. Piccini inscrevia estas observações no quadro de uma crítica epistemológica, uma vez que, nas suas palavras, “a concepção dos meios como centro imobilizado ou ilhota de coerência e inteligibilidade dos processos culturais (…) é tributária de certos modelos cognitivos que tendem a cristalizar os processos sociais e políticos em pontos de referência estáticos, suprimindo, no mesmo ato, as interconexões e derivações que são a própria base destes processos”. Interconexões e derivações que, como veremos em seguida, se deixam inter- pretar apenas parcialmente em termos de relações de “intertextualidade”. Os novos espaços comunicativos não são adequadamente representados, mesmo pela metáfora bem-sucedida da “rede”, pois, como o “rizoma” ou o “labirinto”, permanecem modelos mecânicos e basicamente bidimensionais.” (Gonzalo Abril)
Este livro é a versão em português da coletânea “Textualidades Mediáticas”, lançada originalmente em espanhol pela Editora UOC, de Barcelona.
Prólogo
Do texto à textualidade na comunicação: contornos de uma linha de investigação
Mídia em trânsito, mídia em transe: textualização, epifania e distanciação
Mídia e dispositivo: uma aproximação
Com a mídia, sem a mídia, contra a mídia: reflexões sobre o processo de midiatização e o midiacentrismo
Ver a elas: mulheres trans e as dimensões políticas da cultura visual
Sobre textos visuais, som e imagem: novas paragens sobre as paisagens textuais
De quem é o texto?
Considerando a materialidade dos meios: três formas de ler (e escrever) histórias na perspectiva da comunicação
Professor do Departamento de Comunicação Social da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), na graduação e na pós-graduação. Suas pesquisas, com apoio da Capes, do CNPq e da Fapemig, são dedicadas ao
jornalismo, à narrativa, às relações de gênero, à televisão e à historicidade dos processos comunicacionais. Bruno Souza Leal é um dos coordenadores do Núcleo de Estudos Tramas Comunicacionais: Narrativa e Experiência, doutor em Estudos Literários pela UFMG e pesquisador do CNPq.
Professor do Departamento de Comunicação Social da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), na graduação e na pós-graduação. Suas pesquisas, com apoio da Capes, do CNPq e da Fapemig, são dedicadas ao
jornalismo, narrativa, relações de gênero, Aids e homofobia. Carlos Alberto de Carvalho é um dos coordenadores do Núcleo de Estudos Tramas Comunicacionais: Narrativa e Experiência, doutor em Comunicação pela UFMG, com pós-doutorado pela Universidade do Minho (Portugal), e pesquisador do CNPq.
Professora do Departamento de Comunicação Social da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), na graduação e na pós-graduação. Suas pesquisas, com apoio do CNPq, Fapemig e Capes, abordam jornalismo, transmídia e semiótica. Geane Alzamora é membro do Núcleo de Pesquisa em Conexões Intermidiáticas, vinculado ao Centro de Convergência de Novas Mídias (CNPq/ UFMG), jornalista pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, mestre e doutora pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e pós-doutora pela Universitat Pompeu Fabra (Espanha).
Título: Textualidades midiáticas
Organizadores: Bruno Souza Leal, Carlos Alberto de Carvalho e Geane Alzamora
Editora: Fafich/Selo PPGCOM/UFMG
Cidade: Belo Horizonte
Ano de publicação: 2018
Edição: 1ª
Número de páginas: 172
Formato: PDF
ISBN: 978-85-54944-01-8
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