Os textos deste livro dão sequência à série de artigos que se originaram de apresentações e interlocuções no V Colóquio Discente Diálogos e Convergências, realizado em 2022 por discentes do PPGCOM UFMG. Neste volume, “E nossas estórias não têm fim: decolonialidade, temporalidades e territorialidades”, os trabalhos partem de abordagens variadas, tendo em comum um conjunto de contribuições múltiplas em torno da noção de mirada. Buscam compreender que outros sentidos, para além dos usuais, podem ser construídos a partir dos fenômenos que estudam. Seja a partir do olhar para si, para documentos da biopolítica por meio das miradas ch’ixi, para descolonizar o olhar de violência que apaga as mulheres negras, pela identificação de como agem as miradas hegemônicas que podem repetir mortes em crimes de gênero, de modos de olhar que se multiplicam e se reinventam nas negociações de interfaces, nos limites mercadológicos que restringem possibilidades de mirar as e-girls, ou mesmo um olhar que parte da imagem de um flamingo e recorda a etimologia do verbo “olhar” do italiano guardare que se expande para muitos outros modos de ver.

Apresentação

Capítulo 1
Notas sobre o território e a biopolítica desde o Sul
Marcela Barbosa Lins

Capítulo 2
“Não sou eu uma mulher”: do apagamento à negativa de mulheres negras em narrativas jornalísticas
Nayara Luiza de Souza

Capítulo 3
Pensando outras agências para o corpo no falar e fazer ver o feminicídio
Cecília Pinto Santos

Capítulo 4
Negociando a interface: debates entre fãs editores da wiki TV Tropes
Natália Santos Dias

Capítulo 5
E-girls, videogames e identidade — um olhar decolonial
Daniel Loiola

Capítulo 6
Mundo coberto de plumas
Diego Belo

Sobre as autoras e os autores

Ives Teixeira de Souza é Doutorando e mestre em Comunicação Social pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), na qual integra o grupo de pesquisa Temporona: Coletivo de ações em Temporalidades e Narrativas. Bacharel em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo e em Relações Públicas, pela Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da mesma instituição. É bolsista do Programa de Excelência Acadêmica da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES/Brasil).

Natália Santos Dias é publicitária pela Universidade Federal de Goiás, mestre e doutoranda em Comunicação Social pela UFMG, onde desenvolve pesquisa sobre políticas de abertura em uma wiki de fãs e integra o grupo de pesquisa R-EST (estudos redes sociotécnicas).

Nayara Luíza de Souza é jornalista pela Universidade Federal de Viçosa e mestre em Comunicação Social pela UFMG, onde desenvolve pesquisas sobre narrativas midiáticas, gênero, raça e racialidade. Integra o grupo de pesquisa Insurgente (Grupo de Pesquisa em Comunicação, Redes Textuais e Relações de Poder/Saber do PPGCOM/UFMG).

Prussiana Araújo Fernandes Cunha é doutoranda e mestra em Comunicação Social pela UFMG. Graduada em Jornalismo pela mesma instituição. Pesquisa as relações entre textualidades, narrativas e espaços urbanos, com interesse especial pela Região Metropolitana de Belo Horizonte. Trabalha com jornalismo e produção editorial e organiza o projeto Atravessar BH.

Título: E nossas estórias não têm fim: decolonialidade, temporalidades e territorialidades
Autorias: Ives Teixeira Souza, Natália Santos Dias, Nayara Luiza de Souza e Prussiana Araújo Fernandes Cunha (Orgs.)
Editora: Fafich/ Selo PPGCOM UFMG
Ano de publicação: 2023
Edição: 1ª
Páginas: 144
Formato: PDF
ISBN: 978-65-86963-81-6
Como citar (ABNT 2):
SOUZA, Ives Teixeira (et al.). E nossas estórias não têm fim: decolonialidade, temporalidades e territorialidades. Belo Horizonte: Fafich/ Selo PPGCOM UFMG, 2023, 144 p.