Descrição
Todos os dias as grandes metrópoles pulsam com uma diversidade de públicos se manifestando nas mais diferentes formas – protestos ou passeatas capazes de impedir a circulação de automóveis, cartazes e panfletos explicando uma determinada situação e convocando os demais sujeitos a agir, greves das mais diversas e até mesmo o simples ato de vestir uma camiseta apoiando uma ideia específica. Mesmo no interior de nossas residências topamos com públicos se manifestando durante todo o tempo pela internet e nas mídias sociais, clamando nosso apoio às mais diversas causas. Mas o que realmente sabemos sobre esses públicos e suas manifestações? Seriam elas autênticas ou apenas casos de astroturfing, estratégias complexas formuladas para criar a impressão de que existe um público se manifestando como uma forma de influenciar a opinião pública?
É justamente sobre o astroturfing que versa o presente trabalho, uma prática normalmente afastada dos holofotes públicos, mas que vem ganhando destaque na esteira de uma série de denúncias sobre sua utilização e seu impacto na formação da opinião pública. Nas últimas décadas, exemplos diversos de astroturfing se acumularam, envolvendo corporações multinacionais, agências governamentais de diversos países e grupos de pressão, fazendo com que o tema passasse a ter uma crescente importância no mundo contemporâneo.
Daniel Reis Silva
Professor adjunto do Departamento de Comunicação Social da UFMG. Doutor, mestre e bacharel em Comunicação Social, habilitação Relações Públicas, pela mesma instituição. Ganhador do Prêmio CAPES de Teses 2018 (Categoria Comunicação e Informação), do Grande Prêmio UFMG de Teses 2018 (categoria Ciências Humanas, Ciências Social Aplicadas e Linguística, Letras e Artes) e do Prêmio Abrapcorp na categoria Teses (2018) e Dissertação (2014). Pesquisador associado do Grupo de Pesquisas em Comunicação, Mobilização Social e Opinião Pública (Mobiliza – UFMG). Autor do livro Astroturfing: lógicas e dinâmicas de públicos simulados (Selo PPGCOM/UFMG), do Jogo das Relações Públicas e do portal Relações Públicas no Cinema.
PARTE 1 – O ASTROTURFING: origens do termo e evolução da prática
1. Origens do termo
2. Astroturfing e a indústria de relações públicas
3. Astroturfing e política
4. Astroturfing e internet
5. Astroturfing no Brasil
6. Astroturfing como processo comunicativo
PARTE 2 – O ASTROTURFING COMO PRÁTICA DE PROPAGANDA: Lógicas de influência na opinião pública
1. Astroturfing e Propaganda
2. A formação da opinião pública e o papel das influências
3. Propaganda: influenciando a opinião pública
PARTE 3 – O ASTROTURFING COMO ACONTECIMENTO A criação de pseudo-acontecimentos e a perspectiva hermenêutica do acontecimento
1. Daniel Boorstin e o pseudo-acontecimento
2. A perspectiva hermenêutica do acontecimento e a segunda vida do astroturfing
PARTE 4 QUADROS DE SENTIDO E FOOTINGS: Aspectos da dinâmica do astroturfing
1. Os quadros de sentido
2. Tensionando os quadros de sentido: a existência de um públicoe o caráter público de uma causa
3. Configurando novos footings
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Título: Astroturfing: lógicas e dinâmicas de manifestações de públicos simulados
Autor: Daniel Reis Silva
Editora: Fafich/Selo PPGCOM/UFMG
Cidade: Belo Horizonte
Ano de publicação: 2015
Edição: 1ª
Número de páginas: 206
Formato: PDF
ISBN: 978-85-62707-62-8