Dissertação

Astroturfing

Lógicas e dinâmicas de manifestações de públicos simulados

Daniel Reis Silva

Todos os dias as grandes metrópoles pulsam com uma diversidade de públicos se manifestando nas mais diferentes formas – protestos ou passeatas capazes de impedir a circulação de automóveis, cartazes e panfletos explicando uma determinada situação e convocando os demais sujeitos a agir, greves das mais diversas e até mesmo o simples ato de vestir uma camiseta apoiando uma ideia específica. Mesmo no interior de nossas  residências topamos com públicos se manifestando durante todo o tempo pela internet e nas mídias sociais, clamando nosso apoio às mais diversas causas. Mas o que realmente sabemos sobre esses públicos e suas manifestações? Seriam elas autênticas ou apenas casos de astroturfing, estratégias complexas formuladas para criar a impressão de que existe um público se manifestando como uma forma de influenciar a opinião pública?

É justamente sobre o astroturfing que versa o presente trabalho, uma prática normalmente afastada dos holofotes públicos, mas que vem ganhando destaque na esteira de uma série de denúncias sobre sua utilização e seu impacto na formação da opinião pública. Nas últimas décadas, exemplos diversos de astroturfing se acumularam, envolvendo corporações multinacionais, agências governamentais de diversos países e grupos de pressão, fazendo com que o tema passasse a ter uma crescente importância no mundo contemporâneo.

  1. O astroturfing: origens do termo e evolução da prática
    1. Origens do termo
    2. Astroturfing e a indústria de relações públicas
    3. Astroturfing e política
    4. Astroturfing e internet
    5. Astroturfing no Brasil
    6. Astroturfing como processo comunicativo
  2. O astroturfing como prática de propaganda: lógicas de influência na opinião pública
    1. Astroturfing e Propaganda
    2. A formação da opinião pública e o papel das influências
    3. Propaganda: influenciando a opinião pública
  3. O astroturfing como acontecimento: a criação de pseudo-acontecimentos e a perspectiva hermenêutica do acontecimento
    1. Daniel Boorstin e o pseudo-acontecimento
    2. A perspectiva hermenêutica do acontecimento e a segunda vida do astroturfing
  4. Quadros de sentido e footings: aspectos da dinâmica do astroturfing
    1. Os quadros de sentido
    2. Tensionando os quadros de sentido: a existência de um público e o caráter público de uma causa
    3. Configurando novos footings

 

Considerações finais

Daniel Reis Silva

Professor adjunto do Departamento de Comunicação Social da UFMG. Doutor, mestre e bacharel em Comunicação Social, habilitação Relações Públicas, pela mesma instituição. Ganhador do Prêmio CAPES de Teses 2018 (Categoria Comunicação e Informação), do Grande Prêmio UFMG de Teses 2018 (categoria Ciências Humanas, Ciências Social Aplicadas e Linguística, Letras e Artes) e do Prêmio Abrapcorp na categoria Teses (2018) e Dissertação (2014). Pesquisador associado do Grupo de Pesquisas em Comunicação, Mobilização Social e Opinião Pública (Mobiliza – UFMG). Autor do livro Astroturfing: lógicas e dinâmicas de públicos simulados (Selo PPGCOM/UFMG), do Jogo das Relações Públicas e do portal Relações Públicas no Cinema.

Título: Astroturfing: lógicas e dinâmicas de manifestações de públicos simulados

Autor: Daniel Reis Silva

Editora: Fafich/Selo PPGCOM/UFMG

Cidade: Belo Horizonte

Ano de publicação: 2015

Edição: 1ª

Número de páginas: 206

Formato: PDF

ISBN: 978-85-62707-62-8

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