Emaranhados espaço-temporais da tradição
Rafael José Azevedo
Desde que iniciei minhas pesquisas em torno do brega e que resultam nesse livro, esteve claro que meu crescente apreço pelo tema revelava uma relação entre dois aspectos. Em primeiro lugar, minha afeição por fenômenos musicais estigmatizados, marginalizados, subalternos, periféricos resulta da assimilação de sociabilidades e sensibilidades que me encorajaram a questionar minha própria relação com música popular. Em segundo lugar, e após muitos esforços de organização e construção de questões mais propriamente científicas, tornou-se claro que tais interesses carregam traços de uma experiência geracional algo específica. Relatarei, partindo disso, uma série de ocorrências que, a meu ver, tornaram possível a construção de uma rede textual complexa que permitiu não apenas definir um problema de pesquisa no campo da Comunicação Social, mas algo que ressalta a pertinência do tema sobre o qual me debruço nesses últimos 7 anos: o brega paraense.
Rafael José Azevedo
Agradecimentos
Prefácio: Três gestos coreográficos para uma pesquisa sobre brega paraense – Thiago Soares
Introdução
Por que música brega?
I. Encurtando a Distância
Capítulo 1: Da MPB ao brega paraense: a experiência como ponto de partida
1.1 Uma experiência geracional, individual e coletiva
1.2 Os caminhos até o brega paraense
1.3 Histórias em performance
1.4 Mapeando redes: primeiros movimentos metodológicos
Capítulo 2
Textualidades e heranças da canção brega
2.1 Um filho bastardo
2.2 Ancestralidade brega
2.3 A dor-de-cotovelo: entre o samba-canção e o bolero
2.4 A massificação sertaneja e o brega
2.5 Procedimento cafona e “breguização”: o brega e a geleia geral
2.6 O brega-brega
2.7 Das origens do brega paraense
II. O Brega Paraense e suas Derivas
Capítulo 3: Percursos e conversas em Belém do Pará
3.1 Cadernos de campo
3.2 Derivas e derivações
Capítulo 4
Os lugares do brega paraense
4.1 A periferia como lugar do brega paraense
4.2 Uma periferia ao centro
4.3 Brega paraense: espaços de consumo e de produção
Capítulo 5
Derivas Temporais
5.1 Passados presentes: diálogos em processo
5.2 Celebrar um passado próprio
Derivações
Pra que serve a tradicionalidade brega?
Referências
RAFAEL JOSÉ AZEVEDO
Doutor e mestre pelo PPGCOM-UFMG. Participou do Programa de Doutorado Sanduíche na Universidad Complutense de Madrid. Bacharel em Comunicação Social (Jornalismo) pela Universidade Federal de Minas Gerais. Foi Professor Assistente do Curso de Cinema e Audiovisual do Centro Universitário Una em Belo Horizonte. Foi também Professor Auxiliar nos cursos de Jornalismo, Publicidade e Produção Multimídia do Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH). Participa do Núcleo de Estudos Tramas Comunicacionais: Narrativa e Experiência (UFMG), da Rede Historicidades dos Processos Comunicacionais, do Grupo de Pesquisa Escutas (UFMG) além de participar, como membro, da Asociación Internacional para el estudio de la música popular na América Latina (IASPM-AL).
Título: O brega paraense em deriva: emaranhados espaço-temporais da tradição
Autor: Rafael José Azevedo
Editora: Fafich/Selo PPGCOM/UFMG
Ano de publicação: 2021
Edição: 1ª
Páginas: 328
Formato: PDF
ISBN: 978-65-86963-27-4
Palavras-chave: Comunicação Social, Performance, Gêneros Musicais, Brega.
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