A comunicação contra-hegemônica dos intelectuais árabe-brasileiros
Guilherme Curi
Ao atentarmos para trajetória da literatura árabe e para o Renascimento Árabe moderno – al-Nahda – observamos com surpresa e fascínio que seus momentos mais decisivos na diáspora desdobram-se na América Latina, mais precisamente no Brasil, na primeira metade do século XX. Um dos principais grupos no país que integra esse movimento é a Liga Andaluza de Letras Árabes, composta por escritores e poetas sírio-libaneses, com intensa produção entre as décadas de 1930 e 1950. No entanto, ao aportarem nas novas terras, os árabes depararam-se com um universo cultural no qual já circulavam algumas representações sobre quem eles eram e qual seria o lugar possível na sociedade brasileira, repleto de estereótipos e estigmas que se modificaram ao longo dos anos.
Agradecimentos
Prefácio
Introdução
Capítulo 1: Cultura, etnicidade e diáspora na contemporaneidade
De que cultura estamos falando?
Hegemonia e contra-hegemonia midiática
Sociedade civil e os intelectuais orgânicos
O lugar da etnicidade
Como pensar as identidades na diáspora?
Capítulo 2: História e geografia da identidade árabe contemporânea
Uma genealogia idealizada: passado/presente da identidade árabe
O eterno período Al-Andaluz
A ascensão e declínio de um império
Al-Nahda, os paradigmas do Renascer e a mídia impressa
Al-Qawmiyya, Al- Wataniya e Ummah
Pan-arabismos, primaveras e caos
Capítulo 3: O fardo das representações ou como escapar dos estereótipos: o orientalismo paradigmático
O jogo dual: representar e ser representado
Que Outro é este na cultura imperialista e pós-colonial?
Para que servem os estereótipos e a produção de significados mutáveis
Nações e nacionalismos: Ou, quem precisa de uma identidade nacional?
Capítulo 4: Diáspora árabe no Brasil
A diáspora sírio-libanesa no mundo moderno e contemporâneo
A emigração e as narrativas para além de Bilad al-Cham
A trajetória social e cultural dos primeiros imigrantes sírio-libaneses no Brasil
A negociação e a representação identitária do árabe-brasileiro
O incessante fluxo migratório árabe
Capítulo 5: O mahjar é aqui!
Surgimento e expansão da imprensa e da literatura árabe na diáspora
Para muito além das fronteiras: a Liga Andaluza de Letras Árabes
A segunda geração de intelectuais árabe-brasileiro
O discurso contra-hegemônico do Instituto da Cultura Árabe
A Andaluzia do futuro: presenças árabes no Brasil contemporâneo
Os sons do mahjar
Considerações finais
Referências
Guilherme Curi
Doutor em Comunicação e Cultura pela Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ECO-Pós/UFRJ). Bolsista pesquisador do Programa Nacional de Apoio à Pesquisa da Fundação Biblioteca Nacional (2015-2016). Mestre em Sociologia pela University College Dublin (UCD), Irlanda. Pós-doutor, com bolsa de pesquisa Capes/Print, e professor colaborador do Programa de Pós-graduação em Comunicação da Universidade Federal de Santa Maria (POSCOM/UFSM). Pesquisador do Grupo de Pesquisa Usos Sociais da Mídia, do Laboratório de Estudos em Comunicação Comunitária (LECC/URFJ) do Grupo de Pesquisa Diaspotics (Migrações Transnacionais & Comunicação Intercultural), do Grupo de Pesquisa Comunicação em Rede, Identidades e Cidadania, do Migraidh (Pesquisa, Ensino e Extensão em Direitos Humanos e Mobilidade Humana Internacional UFSM).
Título: O Mahjar é aqui: a comunicação contra-hegemônica dos intelectuais árabe-brasileiros
Autor: Guilherme Curi
Editora: Fafich/Selo PPGCOM/UFMG
Ano de publicação: 2021
Edição: 1ª
Páginas: 323
Formato: PDF
ISBN: 978-65-86963-26-7
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