O rastro como dimensão da incerteza em "True Detective"
Felipe Borges
As histórias de ficção criminal costumam constituir-se sobre uma dupla ausência: da vítima e do assassino. A vítima já está morta, o assassino não está mais lá. Quem amarra essas pontas é o/a detetive, a quem seguimos. O/A investigador/a, por sua vez, persegue o rastro, essa presença do ausente. Os vestígios que descobre são a materialização de uma passagem no passado, que, no entanto, ainda se faz presente por meio dessa marca. Somente a partir dela é que a/o detetive é capaz de propor sentidos a um crime misterioso. O problema é que certas narrativas insistem, ao final, noutra ausência: a de respostas. Assim é True Detective, uma série que se constrói sobre a incerteza ao mesmo tempo a que se filia a um conjunto de narrativas marcado pela vontade de saber.
Doutorando e mestre em Comunicação pela UFMG, na linha Textualidades Midiáticas. Bacharel em Comunicação Social pela mesma instituição, com habilitação em Jornalismo. Dedica-se aos estudos da narrativa audiovisual, com ênfase em temporalidade, historicidade, modernidade e futuro. Integra o Núcleo de Estudos Tramas Comunicacionais: Narrativa e Experiência.
Título: Detetives de verdade? O rastro como dimensão da incerteza em True Detective
Autor: Felipe Borges
Editora: Fafich/Selo PPGCOM/UFMG
Cidade: Belo Horizonte
Ano de publicação: 2019
Edição: 1ª
Número de páginas: 243
Formato: PDF
ISBN: 978-85-54944-26-1
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